As IVAS  (infecções  das  vias  aéreas superiores) são  a  segunda causa  mais comum de alterações do olfato.

As  alterações  mais frequentes são a anosmia (ausência do olfato) e a hiposmia (diminuição do olfato).

A maioria das IVAS são causadas por vírus. Normalmente  os  distúrbios de  olfação pós IVAS  se  resolvem em  1  a 3  dias. Somente  em um pequeno grupo de indivíduos a olfação não normaliza.

Pacientes  que  não recuperam totalmente  a  olfação podem apresentar diminuição  da qualidade  de  vida levando até mesmo à  depressão.

Os pacientes  muitas  vezes  se  queixam da  perda  do paladar (“não sentem gosto”), isso porque 80%  do  que  chamam de “gosto” é  derivado  do olfato.

Distúrbios  da  olfação estão  em  evidência  devido  a pandemia de COVID-19 causada pelo coronavírus (SARS-CoV-2).

A perda  súbita de  olfato é  um dos possíveis sintomas  de COVID- 19, acompanhada ou não de outros sintomas da  doença.

Estudos têm mostrado que os  distúrbios de olfato em pacientes COVID-19 positivos têm características diferentes em relação aos COVID-19 negativos.

O primeiro estudo realizado pela Associação Brasileira  de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial e Academia Brasileira de Rinologia evidencia que a perda súbita  do  olfato  em  pacientes COVID-19 positivos apresentou menor taxa  de recuperação total  e  duração mais prolongada  (em média 15  dias) do  que em COVID-19 negativos e que a  hiposmia súbita apresentou recuperação total mais  frequentemente do que a anosmia súbita em pacientes COVID-19 positivos.

Pacientes que  tiveram COVID-19  e  persistem com alteração de olfato por  mais de 2  semanas  devem procurar o otorrinolaringologista  para  avaliação.

Dra. Anna Paula Chieko Hayashi
Otorrinolaringologia
CRM 155.956

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